4 mitos associados ao exercício na gravidez

Ao longo dos anos, as diretrizes sobre exercício físico na gravidez têm assentado em argumentos muito mais culturais do que científicos.

Têm sido meses incríveis para a JRNY Fitness. A maneira como este meu sonho tem evoluído tem-me deixado de coração cheio e otimista em relação ao futuro do projeto.

Uma das portas que se abriram na JRNY recentemente, foi o novo plano de adesão exclusivamente dedicado à gravidez e ao pós-parto. Desde que o site foi criado, já tinha em mente que um dos meus desejos era criar uma secção dedicada ao treino nesta fase de gestação. Sendo uma das minhas áreas de especialização, trabalhar com mulheres grávidas sempre foi um gosto para mim, como Personal Trainer, e por isso fico muito contente que este plano se tenha concretizado e que possa levar a mensagem para o campo virtual.

Mas a que mensagem é que me refiro?

Ao longo dos anos, as diretrizes e guidelines sobre exercício físico na gravidez têm assentado em argumentos que são muito mais culturais do que científicos. Esta foi uma das razões pelas quais eu sabia que este novo plano da JRNY tinha obrigatoriamente de incluir um eBook informativo. Nestas quase 30 páginas, a grávida tem ao seu dispor ferramentas e informação que empoderam o seu conhecimento e a tornam mais culta no que toca ao exercício físico durante e após a gestação.

Pela minha experiência ao longo dos anos em que exerço a minha profissão, surgem imensas dúvidas nas mulheres sobre o que uma grávida pode e não pode fazer no que toca ao exercício físico. E muitas das vezes, essas dúvidas culminam numa abstenção à prática do mesmo, resultando numa gestação mais sedentária e desnecessariamente cuidadosa.

Desde o controlo do peso, tanto da gestante como do/a bebé, a diminuição da necessidade de cesariana e à diminuição do risco de pré-eclâmpsia, são centenas as razões para treinar durante a gravidez, desde que não haja nenhuma complicação clínica que impossibilite a prática de exercício físico.

Contudo, parecem haver ainda alguns mitos associados a esta temática que gostaria muito de expor aqui no JRNY Blog e falar um pouco sobre estes.

 

1. Treinar aumenta o risco de sangramento e/ou descolamento da placenta.

Este mito é dos mais comuns. É certo que o 1º trimestre é aquele em que há mais risco de aborto natural, mas esse risco não está associado à prática de exercício físico. Pelo contrário, se for adequado e específico, o exercício físico pode estabilizar melhor o corpo e diminuir o risco de aborto no 1º trimestre.

 

2. Se a mulher não treinava antes de engravidar, não deve começar durante a gravidez.

Muito pelo contrário, a gravidez pode oferecer uma oportunidade à mulher de fazer um restauro nos seus hábitos de saúde e prática física. A gravidez é uma altura associada a um maior acompanhamento médico. Também pode ser uma altura em que a mulher olha mais pelo seu corpo, pelo seu bem-estar e aptidão física, de modo a criar as condições certas para um desenvolvimento embrionário saudável.
É claro que a grávida, antes de iniciar, deve consultar o seu profissional de saúde, assim como o seu profissional de exercício, e iniciar um programa que seja adaptado a esta fase.

 

3. A mulher não deve fazer treino de força durante a gravidez.

Um dos grandes focos das aulas JRNY na Gravidez e no Pós-parto é mesmo o treino de fortalecimento e consciência corporal. Por questões hormonais, as articulações ficam naturalmente mais instáveis e móveis durante a gestação. Acompanhar essas alterações com um treino que estimule a contração e estabilização muscular, poderá diminuir drasticamente o risco de lesões e desconfortos articulares durante a gravidez.

 

4. O exercício só pode ser de muito baixa intensidade.

Isto vai depender de cada mulher. A intensidade com que o exercício é feito irá depender do trimestre em que a grávida se encontra, e do seu nível de experiência treino. Para não falar que se deve sempre ter em conta que os dias não são todos iguais, e a predisposição ao exercício poderá oscilar. Se a mulher se está a iniciar no exercício, claramente a intensidade deve ser leve ou moderada. Mas se já treinava antes de engravidar, e não existem complicações médicas, não há razão para não se desafiar um pouco, com as devidas precauções e adaptações necessárias para esta fase da vida.

 

São mais os “sins” dos que os “nãos” no que toca ao exercício na gravidez. Com um programa adequado e supervisão médica, esta é a altura ideal para recomeçar novos hábitos de saúde, pela mãe e pel@ bebé.

Encontra o eBook e aulas de Body & Mind no novo plano de Gravidez e Pós-parto da JRNY Fitness em https://jrnyfitness.pt/gravidezeposparto/ 

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